25.1.07
  Downloads Vs. prensagens: Reflexões sobre o mercado musical em tempos de Internet
A música se renova em suas formas enquanto os dias são riscados dos calendários. Desde que o Vinil perdeu espaço para o CD, as pessoas aprenderam a lidar com o formato digital do som. Ele (o som) é tão facilmente manipulado nesse esquema que qualquer pessoa munida de computador, alguns softwares e acesso à rede pode ter contato com um universo de produções artísticas tão ilimitado que, se formos pensar nos bilhões de usuários da Internet, é bem capaz de nos perdermos nos algarísmos e etc etc etc etc etc...
Antes, eram aqueles bolachões de vinil com suas grandes capas, encartes bonitos e criativos. Havia a magia do contato das mãos com o disco, de posicionar a agulha sobre a faixa escolhida, de colocá-la cuidadosamente; de se deliciar gravando seleções musicais nas velhas fitas K-7. Daí chegou o pequenino CD, que mais parece uma xerox reduzida do velho LP. Os artistas aprenderam a trabalhar com aquela nova mídia: havia mais espaço para as canções e também havia recursos como o CD-Rom, nenhum chiado de agulha... Ok, o CD tem sim as suas vantagens.
Alguém teve a idéia de jogar a informação do som digitalizado na Internet e pronto! A revolução estava feita! Agora esse é o cenário que nós presenciamos... do nosso computador pessoal, no conforto do lar, em mal iluminadas lan-houses, no trabalho ou sei lá onde... podemos ter acesso a um acervo musical tão vasto que parece até ser ilimitado. Sites de downloads e programas de compartilhamento de arquivos P2P surgiram, meio que sem a atenção merecida, causaram polêmicas e quebraram o paradigma dos direitos autorais. A pirataria, que já existia tímida na era do Vinil, explodiu e começou a incomodar a famigerada indústria fonográfica. O surgimento de coisas como gravadores de CD e DVD; troca de arquivos gratuitos na Internet; o mp3; mp4 e as rádios online geram debates acalorados sobre uma questão, a qual julgo ser de interesse das pessoas que fazem música independente: A livre distribuição de músicas pela Internet é prejudicial ou benéfica aos artistas?
Creio eu, na minha humilde opinião, que essa “nova” realidade tem muito em que beneficiar as bandas que estão começando (ou que já estão na estrada, mas que não contam com a estrutura de uma gravadora e equipes de marketing por trás) a divulgar e distribuir o seu som, a sua produção.
Para quem nasceu na era do vinil, pode até parecer estranha a idéia de que está próximo o fim de suportes materiais da música, como o CD, o Vinil, e etc... Em breve, serão peças de colecionador ou apenas lixo. Não a música, mas o seu suporte físico. Para a nova geração, que já aprende a escrever utilizando o teclado de um computador, essa idéia de que a música está desassociada do seu suporte é mais assimilável. Tanto faz o formato, a música é igual a dados, e eles estão aí à disposição de todos. Essa “nova” realidade é um soco muito forte na boca do estômago de quem realmente ganha dinheiro vendendo discos: A indústria fonográfica. E ela deve aprender a dançar conforme a música.
“Como lidar com essa realidade” é a grande questão. Não no sentido de tirar proveito dela, mas de interagir com os “novos” meios, proporcionar o acesso às pessoas que estejam interessadas em ter acesso às músicas... A música é livre, certo? Ninguém deveria ser privado de ter acesso a ela, mas os artistas também têm o direito de se sustentar de sua arte. Como fazer isso? Não sei. Mas pensar na realidade atual do mercado musical é pensar também em questões como o acesso da sociedade brasileira ao computador, à Internet, ao conhecimento; é tentar entender e desmascarar a alienação do público feita pela mídia e a indústria do Jabá; é se esquivar dos interesses do capital e ter disposição para garimpar os tesouros auditivos perdidos.
Talvez não devêssemos nos assustar nem nos empolgar tanto. Essa porta escancarada nos traz dilemas importantes para serem discutidos: Além do já citado ponto de interrogação “A livre distribuição de músicas pela Internet é prejudicial ou benéfica aos artistas?” (penso que é benéfica), deparamo-nos, também, com outros pontos de debates: “Como filtrar tanta informação e achar o que você realmente procura?”; “a incursão da música na Internet não seria sectária e excludente? Porque muita gente não tem condições de acesso à rede”; “como será o mercado daqui pra frente?”; “como fazer pra se sustentar de música?”
Bem, as perguntas ficam esperando debates e possíveis respostas.
Prometo falar depois sobre uma coisa que me perturba um pouco nesse “novo” (entre aspas porque já não é novo mesmo) paradigma: Como é difícil degustar as músicas agora com esse volume devastador de informações.
Abraço forte! Diogo Braz*
*É membro da Eek, jornalista e usuário do e-mule.
 



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